Estresse e esgotamento passam a ser riscos ocupacionais
Como
terapeuta, costumo acompanhar o impacto do ambiente de trabalho na saúde
emocional das pessoas. A cobrança excessiva, a comunicação agressiva e a falta
de propósito corroem silenciosamente a vitalidade de muitos profissionais. A
NR-1 atualizada nos convida a romper esse ciclo e quebrar paradigmas, trazendo
luz ao que antes era invisível ou negligenciado.
Implementar
o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e elaborar um Plano de Ação não é
apenas uma tarefa técnica. Exige sensibilidade, escuta e a disposição real das
lideranças para transformar relações. Isso inclui capacitar gestores para lidar
com emoções, promover espaços seguros de diálogo e oferecer suporte terapêutico
ou preventivo.
Não
se trata de medicalizar emoções nem de terceirizar responsabilidades para o RH.
Estamos falando de construir ambientes humanos, onde as pessoas possam ser
ouvidas, respeitadas e reconhecidas em sua complexidade. A saúde emocional
precisa ser uma prática coletiva e cotidiana, e não um item no checklist de
conformidade.
Mesmo
com a multa sendo adiada pelo prazo de um ano, as empresas que hoje acolhem
essa visão estão à frente do seu tempo. Isso porque elas compreendem que cuidar
do emocional é, acima de tudo, uma estratégia inteligente de produtividade
sustentável. Esta nova norma técnica acende a luz sobre algo tão essencial: o
bem-estar começa de dentro para fora.
Dra. HC Caroline Prado
Mentora e Especialista em Saúde Emocional no Trabalho
terapeuta@carolineprado.com.br
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